sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Morre Félix, herói da Copa de 70 e eterno ídolo da Lusa

Nesta sexta-feira (24) o futebol brasileiro perdeu um de seus maiores nomes. O goleiro Félix, revelado nas categorias de base do Juventus da Mooca, consagrado vestindo a camisa da Portuguesa, reconhecido quando atuava pelo Fluminense e goleiro da melhor Seleção Brasileira que o mundo já viu, faleceu no dia de hoje, aos 74 anos, vítima de um efisema pulmonar.


Em homenagem ao "Papel", apelido que recebeu de seus colegas de profissão, reproduzo abaixo a história de Félix, parte de um especial que publiquei no aniversário de 90 anos da Portuguesa. Descanse em paz, Félix. Saiba que no Canindé sempre haverá muita recordação e consideração por tudo que você fez para o futebol brasileiro e para nossa Lusa.

Félix Mielli Venerando nasceu no dia 24 de dezembro de 1937, em São Paulo. Ainda muito jovem, Félix já jogava na várzea, na equipe infantil do Brasil da Mooca, ainda com 13 anos. Aos 15, ingressou em sua primeira equipe profissional, o Juventus, porém, ficou na reserva de, nada mais nada menos, que Oberdan Catani, que estava encerrando sua carreira no Moleque Travesso após ter sido ídolo no Palmeiras. Nos momentos em que não era escalado para jogar pelo time da Rua Javari, Félix atuava pelo time da fábrica em que trabalhava, a Máquinas Piratininga.

Vendo que não teria muitas oportunidades na equipe grená, Félix pensou em procurar o Santos, mas o destino o levou a se encontrar com um tesoureiro da Portuguesa, Júlio Cancela, que o convenceu a assinar um contrato, sem valores divulgados, com a Rubro-Verde em 1955. Félix, até o ano de 1956, apenas participava dos treinamentos da Portuguesa, já que a Lusa contava com Cabeção e Lindolfo na equipe profissional. Sua estreia foi em uma vitória lusitana por 2 a 1 sobre o New Old Boys, no Rio-São Paulo Internacional.

Em 1957, Félix sagrou-se Campeão Paulista de Aspitantes. Apenas em 1961, com a saída do técnico Oto Vieira e com a chegada de Nena, Félix começou a ter chances na equipe titular. Antes disso, ele havia sido emprestado ao Nacional da Rua Comendador Sousa. Nos anos de 1961 a 1963, foi titular absoluto na meta rubro-verde. De 1964 a 1968, Félix passou a revezar sua titularidade no gol da Lusa com Orlando, fato comum na época.

No dia 20 de julho de 1968, foi vendido ao Fluminense por 150 mil cruzeiros. Seu último jogo pela Lusa foi um empate por 0 a 0 contra o São Paulo. A equipe foi escalada com: Félix, Zé Maria, Jorge, Augusto, Marinho, Ulisses, Lorico, Paes, Ratinho, Leivinha, Ivair e Rodrigues.

Félix foi o goleiro titular da Seleção Brasileira na conquista da Copa do Mundo de 1970. Disputou, ao todo, 48 partidas pela seleção nacional. Encerrou sua carreira em 1976, quando foi impedido de jogar futebol após ser diagnosticada uma calcificação de 7 cm em seu ombro direito.

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