A Seleção Portuguesa bateu a sua concorrente, Hungria por 3-0 no Estádio da Luz e ascendeu ao segundo lugar do Grupo 1, das Eliminatórias da Copa do Mundo. A formação lusa beneficiou da derrota da Suécia na Dinamarca, por 1-0, e necessita apenas de ganhar de Malta, na quarta-feira, em Guimarães, para garantir a presença no "play-off".
Festa antes do início
A festa foi grande no Estádio da Luz e começou ainda antes do apito inicial, perante as notícias do gol da Dinamarca. A equipa portuguesa precisava que a Suécia perdesse pontos para acalentar esperanças de chegar ao "play-off", e foi isso que aconteceu. Mas a verdade é que a primeira equipe a criar perigo foi a Hungria, aos sete minutos, com Sándor Torghelle ao chutar cruzado e obrigar Eduardo a fazer boa defesa.
Gol tranquilizador
Portugal demorava a encontrar um fio condutor para o seu jogo, dado o posicionamento dos húngaros no campo. O último passe não aparecia e notava-se algum nervosismo nas transições, mas tudo mudou aos 18 minutos. Após cruzamento da direita, Cristiano Ronaldo obrigou Gábor Babos a defesa incompleta e Simão Sabrosa surgiu para fazer o 1-0. No lance seguinte, o extremo do Club Atlético de Madrid isolou-se pela direita e obrigou o guardião a defesa apertada e, aos 22, Babos teve de evitar, com a ponta dos dedos, um gol contra.
Ronaldo sai lesionado
Tudo corria bem a Portugal, com a ajuda do ruidoso público presente no Estádio da Luz, até ao minuto 27, altura em que o capitão Cristiano Ronaldo se ressentiu da lesão num tornozelo contraída no Real Madrid CF, sendo obrigado a dar o lugar a Nani. Um revés que a formação das "quinas" não estaria à espera e que tirou um pouco de ímpeto ao seu futebol, perdendo o domínio das operações ao meio-campo perante o crescente atrevimento da Hungria. E aos 40 minutos, os adversários estiveram perto de marcar, com Dzsudzsák Balázs ao chutar com o pé esquerdo e a bola saiu rente ao poste direito da baliza de Eduardo. Na resposta, Ricardo Carvalho, à entrada da pequena área, acorreu a um cruzamento de Deco, mas a sua cabeçada saiu sobre o travessão.
Lances de perigo
No entanto, a melhor oportunidade surgiu nos descontos da primeira parte. Na sequência de um cruzamento da esquerda, Zoltán Gera cabeceou na grande área portuguesa e a bola bateu na trave, no último lance da primeira metade. A verdade é que Portugal não conseguia ter o domímio sobre o adversário, optando por se resguardar e esperar pela subida da Hungria no terreno, numa aposta clara no contra-ataque. Aos 55 minutos, Simão arrancou um excelente cruzamento da direita e Liedson, solto na grande área, por pouco não conseguiu a emenda de cabeça. Aos 62 foi Raúl Meireles a obrigar Babos a nova intervenção, a concluir bom lance de Nani na esquerda.
Liedson e Simão
Adivinhava-se o segun
do gol de Portugal, que viria a acontecer aos 73 minutos. Bruno Alves recolheu na direita da grande área e cruzou para o segundo poste, onde surgiu Liedson a cabecear. Babos defendeu, mas já para lá da linha do gol. E o melhor estava ainda para vir, aos 79 minutos. Duda cruzou da esquerda e Simão, na grande área, sem deixar a bola cair, chutou forte para o 3-0 final. Segue-se Malta, no Estádio D. Afonso Henriques.Carlos Queiroz destacou boa exibição
O técnico português, Carlos Queiroz, considerou no final do jogo que “jogámos com inteligência, explorando as nossas capacidades e obrigando os húngaros a cometer erros. Explorámos bem os espaços e conseguimos o nosso objectivo. Os nossos jogadores estiveram bem posicionados.”
Com a vitória de hoje e a derrota da Suécia em Copenhaguem, a Equipe das Quinas depende apenas de si para chegar ao ‘play-off’ (a Dinamarca tem garantido a classificação direta).
“Temos a consciência que as competições são jogadas até ao fim e hoje juntamos o mérito de jogar bem ao mérito de ganhar”, explicou Carlos Queiroz que afirma que a equipe vai ”desfrutar desta boa exibição e preparar o jogo com Malta”.
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