Na tarde deste sábado, a Portuguesa foi à Recife enfrentar um adversário direto pelo acesso, o Náutico. Um jogo de seis pontos e sempre muito complicado em se tratando de Estádio dos Aflitos. A partida foi muito disputada na primeira etapa, já na segunda, o Náutico esteve melhor, mas parecia que nada seria capaz de transpor a meta do goleiro Wéverton, que fazia defesas espetaculares. Quando a partida cominhava para um 0 a 0, ou em um gol fortuito de uma das equipes, eis que o melhor jogador até então da partida, Wéverton, falha e o Náutico consegue a vitória por 1 a 0, que lhe rende uma vaga no G-4, deixando nossa Lusa na 5ª colocação.
A equipe do Náutico não possui jogadores de muita qualidade, muito menos atletas diferenciados. O time pernambucano é composto por muitos jogadores experientes, bem rodados. A grande dificuldade em enfrentar a equipe alvi-rubra é jogar nos Aflitos. O gramado estádio possui dimensões reduzidas, além da péssima conservação do campo, muito esburacado. Nunca foi fácil bater o Náutico em Recife, ainda mais em se tratando de uma briga direta pelo G-4. Prevendo tais dificuldades, Vadão preferiu aderir ao esquema 3-5-2, mais precavido. Escalou Domingos, Thiago Gomes e Preto Costa na zaga, Paulo Sérgio e Fabrício nas alas, Acleisson e Ademir Sopa de volantes e Héverton como o homem da armação e da criação, além de Kempes e Dodô na frente.
A defesa lusitana, apesar de reforçada pela escalação de três zagueiros, demorou um pouco para se acertar. A equipe do Náutico chegou à levar algum perigo logo no início da partida. Porém, aos poucos os zagueiros se entenderam, Domingos voltou a comandar a zaga. O grande problema era o ataque rubro-verde, no 3-5-2 os alas eram mais exigidos. A maioria dos ataques lusos no primeiro tempo foram puxados por Fabrício pela esquerda. Paulo Sérgio não fazia uma boa partida, errou muitos passes no campo de ataque, sem contar com seus escanteios muito mal cobrados. Héverton pouco aparecia no jogo e Kempes, no ataque, mostrava suas limitações. Mas mesmo assim a Lusa ainda criou boas oportunidades e perdeu, pelo menos, duas boas chances dos pés de Dodô.
Já no segundo tempo, o jogo mudou, o Náutico passou a ocupar o campo defensivo da Portuguesa, que pouco conseguia fazer. A equipe começou a ficar presa na defesa, sem poder nenhum no meio de campo, com poucas chances no ataque. A Portuguesa mostrou mais uma vez o quanto carece de um aramdor, assim como deu mostras de que só tem Athirson e Fabrício, no elenco, que desempenham tal função. Na minha opinião de torcedor, Vadão deveria ter sacado Kempes logo no início da segunda etapa, colocando Luis Ricardo ou Malaquias(se o primiro ainda não está bem fisicamente). Vendo que a Portuguesa não conseguia imprimir seu ritmo, penso que Vadão deveria ter voltado ao 4-4-2, fazendo o mesmo que fez na partida de Natal.
Tudo bem que uma substiuição teria que ser queimada já que Ademir Sopa se contundiu e deu lugar a Gláuber, mas penso que Romano poderia ter entrado no lugar de Héverton. Desse modo, Fabrício ficaria responsável pela armação, como fez no último jogo, colocando Romano na ala esquerda. Isso se Vadão ainda quisesse permanecer com uma defesa sólida e consistente, com três zagueiros. Porém, Vadão demorou a mudar a equipe, o Náutico foi crescendo e gostando do jogo. Wéverton fez, pelo menos, quatro defesas espetaculares. Mas quando todos pensavam que o goleiro não tomaria gol em hipótese alguma, eis que Wéverton falha em um chute à longa distância de Franscismar e o Náutico consegue o gol que lhe daria a vitória.
Vadão ainda colocou Malaquias e Luis Ricardo no lugar de Preto Costa e Kempes, mas já era tarde demais. Fabrício ainda seria expulso por uma falta besta e infantilmente cometida. A Lusa ainda tento buscar o gol sem muita organização e com um jogador a menos, mas de nada adiantou. Não quero aqui creditar essa derrota a Vadão, nem crucificá-lo, mas acho que ele errou na partida de hoje, não pela escalação inicial, mas por não fazer o que sempre esteve fazendo na Portuguesa, mudar o esquema tático da equipe quando necessário. Vadão viu muito bem essa necessidade de mudança contra o América e contra o ASA, mas não conseguiu perceber nesse jogo contra o Náutico. Porém, ainda sou um admirador do trabalho de Vadão, acho que ele deu à essa equipe uma flexibilidade tática que há muito não se via.
Essa derrota não dev ser entendida como um desastre, um resultado de certa forma comum. Lamento pela falha de Wéverton, mas mesmo assim foi um dos melhores jogadores da partida, assim como lamento a expulsão de Fabrício, um jogador que fará muita falta se Athirson não voltar contra a Ponte Preta. Agora, a Lusa volta à campo na próxima sexta-feira, às 21:00, no Canindé, contra a macaca campineira. Como disse Vadão na coletiva, não existe bom resultado que não sejam os três pontos.
Ficha Técnica:
Estádio dos Aflitos - 14/08/2010
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA) - MG
Assistentes: Helberth Costa Andrade e Janette Mara Arcanjo, ambos de Minas Gerais
Público: 10558 pagantes / Renda: R$ 55.360,00
Cartóes amarelos: Ramirez, Geílson e César Prates (NÁUTICO)
Cartão vernelho: Fabrício (PORTUGUESA)
Gol: Franscismar, aos 31min do 2o tempo (NÁUTICO)
NÁUTICO
Gledson (C). Wilton Goiano, Walter, Diego Bispo e César Prates. Ramirez, Elton (Francismar), Giovani e Cristiano (Evando). Geilson e Bruno Veiga (Tiago Lima)
Técnico: Alexandre Gallo
Reservas: Bruno, Vinicius, Anderson Paim e Tinga
PORTUGUESA
Weverton. Domingos, Preto Costa (Malaquias) e Thiago Gomes (C). Paulo Sérgio, Acleisson, Ademir Sopa (Glauber), Héverton e Fabrício. Dodo e Kempes (Luis Ricardo)
Técnico: Oswaldo Alvarez
Reservas: Lúcio, Romano, Maurício e Marcos Paulo
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Na minha modesta opinião, se a Portuguesa quiser ser um time grande, tem que contratar um técnico de time grande. deixar os Benazi e vadão da vida de lado, eles são técnicos de timinho pequeno que está em último lugar na tabela, eles não são técnicos de time que quer ser campeão, que quer ser grande. um treinador que deixa Mauricio e Domingos na reserva do Preto Costa e coloca o Kempes como titular, não deve querer vencer, é bem capaz dele deixar o Zé Carlos na reserva do Kempes. e o Acleison, será que é melhor do que o Glauber e o Marcos Paulo? eu acho ele o pior. o Vadão é muito burro.
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