domingo, 23 de maio de 2010

Memória Rubro-Verde: Jair da Costa

Como já estamos começando a respirar a Copa do Mundo, resolvi escrever sobre craques que foram cedidos por nossa Portuguesa à Seleção Brasileira em Mundiais. Tive essa ideia após ver uma reportagem sobre Jair da Costa no canal a cabo ESPN Brasil, matéria esta que será colocada neste post. Daqui até o início da Copa relembraremos neste Blog um jogador luso que disputou Mundiais enquanto ainda pertencia à Portuguesa, o primeiro deles, aproveitando o ensejo, é Jair da Costa.

Jair assinando seu primeiro contrato.

Jair da Costa nasceu em Santo André no dia 9 de julho de 1940. Aos 8 anos de idade mudou-se para Osasco, onde 7 anos mais tarde começa a jogar futebol na várzea, primeiro no Duque de Caxias FC e posteriormente no Cobrasma. Quem descobriu o talento de Jair foi um amigo seu, Marchetti - jogador da Portuguesa desde o infantil - desde então começou a levá-lo para jogar nos juvenis com ele.

Após três semanas de treinamentos, Jair estava quase para desistir por ver que não tinha oportunidades na equipe, foi quando o treinador Nena decidiu lhe dar uma oportunidade. Sua primeira partida foi contra o Corinthians, o clássico estava empatado em 0 a 0 no primeiro tempo, Jair entrou na segunda etapa e modificou o placar do jogo, resultado: Lusa 5x0 Corinthians.

Barbosinha, Fernando, Murilo, Nelson, Benê, Alberto, Jair da Costa, Oswaldinho, Marchetti, Foguinho e Melão foram campeões do Torneio Vicente Feola e do Campeonato Brasileiro de Juvenis em 1958.

Com o time principal precisando de um substituto para Julio Botelho, Jair da Costa foi chamado para integrar o elenco profissional, no dia de sua estreia contra o Batatais, Jair da Costa contunde os dois meniscos enquanto dormia na concentração, fato que deixou perplexo o preparador físico Mário Américo.

Após a inacreditável contusão na cama, Jair finalmente estreia na equipe principal em uma partida contra o XV de Jaú vencendo por 3x1. Começou a se destacar na Lusa, sendo convocado diversas vezes para a Seleção Paulista. Foi convocado para a Seleção Brasileira em 1962, no Mundial do Chile, porém integrou o banco de reservas já que o titular de sua posição era, nada mais, nada menos que Mané Garrincha.

Mesmo na reserva de Mané, Jair da Costa atraiu olhares de Milão, sendo primeiramente descartado pelo Milan e posteriormente contratado pela Internazionale de Milão por 190 mil dólares. Jogou 12 anos pelos nerazzurri, onde conquistou 4 Campeonatos Italianos, 2 Copas dos Campeões e 2 Mundiais.



Os títulos europeus, mais valorizados no contienente do que os mundiais, foram ganhos consecutivamente, em 1964 e 1965, respectivamente sobre o Real Madrid de Gento, Puskas, Di Stéfano e Santamaría, e sobre o Benfica de Eusébio, Coluna e José Torres. Na final de 1965, terminou como herói ao marcar o único gol da decisão. Jair fez parte da Grande Inter da década de 60 ao lado de Giacinto Fachetti, Sandro Mazola, Luís Suarez, Armando Picchi e Tarcisio Burghnich, sob o comando de Helenio Herrera.

Jair da Costa voltou ao Brasil em 1973, após jogar por 10 anos na Itália (9 anos na Inter e 1 ano na Roma), ele pretendia regressar à Portuguesa, porém não houve um acordo na ocasião, acabou indo para o Santos, onde se sagrou Campeão Paulista em 73, coincidentemente dividindo o título com a Portuguesa. Encerrou sua carreira em 1975, com o fim de seu contrato com o time da baixada.

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