sábado, 12 de dezembro de 2009

Benfica empata nos acréscimos e Sporting perde em Alvalade

BENFICA 2x2 OLHANENSE


O Olhanense mostrou que não seria páreo ao Benfica e encontrou-se em vantagem bastante cedo, que conseguiu manter até quase o final. Nuno Gomes evitou a derrota nos acréscimos, o Benfica registra o terceiro empate na Liga.

Jogo de nervos, emoção, polêmica. Três expulsões, uma lesão aparentemente grave, muitas contas para Jorge Jesus fazer antes do jogo com o FC Porto.

O Olhanense entrou muito bem, chegando logo aos 8 min, de bola parada.Cedo se viu que o jogo ia ser quente, na sequência de uma falta sofrida por Fábio Coentrão, Djalmir foi expulso e Cardozo recebeu amarelo; Saviola empatou aos 27 e o Olhanense, mesmo com 10, respondeu da mesma maneira, mas do lado contrário, poucos minutos depois. Ainda antes do intervalo, expulsão de Di Maria, por chute em Carlos Fernandes e lesão aparentemente grave de Ramires, na perna esquerda.

No segundo tempo, o jogo continuou duro, com o Olhanense perdendo Miguel Garcia, expulso por entrada dura sobre David Luiz, em resposta a outra entrada do brasileiro que tinha acontecido mais cedo, e o Benfica perdendo Fábio Coentrão para o jogo com o FC Porto, por ter chegado ao limite de amarelos.

Nuno Gomes entrou a 10 minutos do fim, acabou fazendo o 2-2 já nos descontos.

«Temos um plantel de 26 jogadores e não podem jogar todos. Continuo a lutar por um lugar. Gostava de jogar mais, mas vou fazendo aquilo que me deixam», afirmou Nuno Gomes no final da partida, considerando que o empate (2-2) em Olhão foi dos males o menor para o Benfica.

«Conseguimos fazer o empate mas não entrámos bem no jogo. Sofremos dois golos de bola parada, o que não é usual na nossa equipa. Depois fomos à procura de dar a volta ao marcador e conseguimos empatar nos minutos finais. Infelizmente não conseguimos os três pontos, que era o nosso objectivo, mas também não perdemos. Do mal o menos», disse.

O próximo adversário é o FC Porto: «Não compreendo como é que o Olhanense está em último lugar porque jogou muito bem, deram tudo. Na segunda parte, houve pouco futebol, jogo muito parado e pouco fair-play. Conseguimos um empate. Vamos agora preparar o jogo com o AEK.»

«O Olhanense era último classificado mas sabíamos que não era o valor da equipa em função da classificação. Não queríamos que o Olhanense estivesse em vantagem no marcador porque é uma equipa que gere bem a posse de bola. Quando fizemos o empate, pensei que podíamos dar a volta ao resultado e ganhar, mas acabámos por ficar sem Di María. Depois fizemos tudo para não perder o jogo», afirmou Jorge Jesus no final do encontro, dizendo que teve de arriscar no segundo tempo para evitar a derrota dos encarnados.

«Na segunda parte fomos mudando tacticamente a equipa, arriscando até ao limite e fomos recompensados por esse risco e merecemos. Acabámos por fazer um ponto, justamente porque fizemos tudo para isso. No segundo tempo houve muito anti-jogo, muitas paragens, mas temos que estar preparados para todas estas situações e os jogadores acreditaram sempre que não podiam perder o jogo de hoje», prosseguiu.

Jorge Jesus justifica ainda a exibição apagada do Benfica com o fato de ter sido «um jogo atípico». «Perdemos alguns jogadores antes e durante o jogo. Elementos que são fundamentais na manobra ofensiva da equipa. Os golos do Olhanense também mudaram a forma da equipa jogar. Mas nunca perdemos a noção do que tínhamos que fazer e tivemos sempre identidade. Jogámos com todos os riscos possíveis, os jogadores do Benfica perceberam isso e fomos compensados pela ousadia que tivemos, caso contrário, teríamos saído daqui com uma derrota», disse o treinador.

FICHA TÉCNICA:

OLHANENSE: Ventura; Miguel Garcia, Sandro, Anselmo, Carlos Fernandes; Castro (Tengarrinha, 88), Rui Baião, Rui Duarte; Toy (Zequinha, 77), Djalmir e Ukra (Paulo Sérgio, 75)


Reservas: Ricardo Ferreira, Éder Baiano, Tengarrinha, Messi, Zequinha, Paulo Sérgio e R
abiola

BENFICA: Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, César Peixoto (Weldon, 59); Javi García; Ramires (Felipe Menezes, intervalo) Fábio Coentrão (Nuno Gomes, 80), Di Maria; Saviola e Cardozo


Reservas: Moreira, Carlos Martins, Weldon, Nuno Gomes, Felipe Menezes, Sidnei e Miguel Vítor


Cartão Amarelo: Ukra (21), Castro (23), Carlos Fernandes (52), Rui Duarte(57), Toy (68) ; Cardozo (25), Maxi Pereira (38) César Peixoto (52), Fábio Coentrão (61); Javi Garcia (87).


Cartão Vermelho: Djalmir (25), Miguel Garcia (88); Di Maria (41)


Gols: 1-0 de Carlos Fernandes (8); 1-1 de Saviola (28); 2-1 de Toy (32); 2-2 de Nuno Gomes (90+1)

SPORTING 0x1 U. LEIRIA



O Sporting somou neste sábado a primeira derrota (0-1) na era Carlos Carvalhal, sendo surpreendido em casa pelo U. Leiria, que venceu a primeira vez em Alvalade em jogos do campeonato.

No quinto jogo da era Carlos Carvalhal, a primeira derrota do Sporting. A noite era fria, e mais fria ficaria - gelada mesmo -, com o triunfo leiriense em Alvalade.

A exibição fraca do primeiro tempo, durante o qual houveram muitos passes errados, e sem qualquer chute à gol, acabou por ditar o destino dos leões, que reclamaram um penalti logo aos 14 minutos, alegando falta de André Santos sobre Matías Fernandez - o lance deixou dúvidas e Vasco Santos entendeu que o lance era normal.

Paulo Vinícius pôs em vantagem o U. Leiria com um gol de cabeça, aos 27 minutos, na sequência de um escanteio – Rui Patrício podia ter feito mais –, já depois de Cássio ter cabeceado na trave.
A equipe de Lito Vidigal foi mesmo a única a construir lances de perigo nos primeiros 45 minutos, tendo igualmente ameaçado o gol com Silas.

Obrigado a correr atrás do prejuízo, o Sporting transfigurou-se para melhor exibição na etapa complementar, que trouxe Pereirinha e Adrien nos luagres de Matías Fernandez e Caneira. Os leões foram à procura do gol, ainda que muitas vezes sem o necessário discernimento.

Pela frente tiveram então um U. Leiria solidário e organizado, que soube fechar-se bem na zaga. A equipe da cidade do Lis não deixou de levar o perigo ao gol de Rui Patrício, vendo um gol ser mal anulado, por impedimento inexistente de Cássio. Antes, já Tiago Luís havia ameaçado.

Vukcevic também chegou a colocar a bola no fundo das redes, mas o montenegrino estava em posição irregular quando desviou, de calcanhar, um rasteiro de Izmailov.

Com o aproximar do fim, os leões empurraram os adversários à parede, tiveram algumas chances para marcar – as mais perigosas por Liedson, que perdeu no duelo com Djuricic – mas o resultado manteve-se inalterado.

FICHA TÉCNICA:

Sporting: Rui Patrício; Abel, Carriço, Polga e Caneira (Adrien, 46); Miguel Veloso e João Moutinho; Izmailov, Matías Fernandez (Pereirinha, 46) e Vukcevic (Hélder Postiga, 72); Liedson

Reservas: Tiago, Saleiro, Tonel e Grimi

U. Leiria: Djuricic; Mamadou Tall, Bruno Miguel, Paulo Vinícius e Ronny; Marco Soares; André Santos, Silas (Hugo Gomes, 88) e Pateiro (Elias, 90+5); Tiago Luís (Pedro Cervantes, 61) e Cássio

Reservas: Hélder Godinho, Kalaba e Ouatarra

Cartão Amarelo: Pateiro (50), Adrien (52), Vukcevic (64) e Djuricic (81)

Gol: 0-1, Paulo Vinícius (27)

Nenhum comentário:

Postar um comentário